Em um contexto empresarial, os conceitos de sustentabilidade podem ser utilizados para reduzir custos, aumentar receita, antecipar riscos e identificar oportunidades.
Por isso, sustentabilidade e competitividade andam juntas.
Empresas que caminham em direção à sustentabilidade se tornam mais competitivas e melhor preparadas para os desafios do mundo contemporâneo, principalmente porque têm operações mais eficientes, são mais capazes de administrar os riscos e aproveitar as oportunidades aos quais estão expostas e também por serem melhor avaliadas nos mercados mais exigentes.
Ser sustentável requer planejamento e, ao preparar sua empresa para a mudança, você também se programa para lidar com os acontecimentos inesperados.
Sendo assim, alterações na economia, novas legislações e transformações no mercado consumidor não serão mais vistos como surpresas de última hora, mas fatores que agregarão competitividade e dinamização no ambiente de trabalho.
Uma produção mais sustentável e eficiente representa maior valor agregado aos seus produtos, permite o desenvolvimento de modelos de negócios inovadores e promove a geração de novas receitas.
Além disso, ao atender aos critérios de sustentabilidade reconhecidos internacionalmente, sua empresa poderá ter acesso aos mais exigentes mercados consumidores, como Estados Unidos, Europa e Japão.
A conformidade em relação às mudanças ambientais, sociais, políticas e econômicas possibilita uma constante atualização no modo de operar sua empresa.
Tais mudanças permitem a criação de um ambiente dinâmico e mais preparado para prever tendências a longo prazo, propor inovações, identificar oportunidades de novos negócios e estar sempre à frente no mercado.
Ao adotar práticas de sustentabilidade, sua empresa estará mais preparada para reduzir, reutilizar e reciclar insumos, além de promover melhorias, otimizando seus processos. Essa nova realidade, mais enxuta e otimizada, além de facilitar a gestão, diminui os custos das operações.
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), em uma iniciativa conjunta com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), desenvolveu uma ferramenta para autodiagnóstico em níveis de maturidade e plano de ação visando o acesso aos mercados externos para empresas dos segmentos de confecção, beneficiamento, tinturaria, malharia, tecelagem, fiação, dentre outros envolvidos na cadeia de produção têxtil.
Como as empresas utilizam os conceitos de sustentabilidade como diferencial competitivo?
Para responder a essa questão, foram necessárias quatro etapas, quais sejam:
1. Levantamento e seleção dos indicadores de sustentabilidade relevantes para a cadeia têxtil.
2. Construçãoda ferramenta de autodiagnóstico para as empresas entenderem em que nível estão no momento.
3. Elaboração do guia de boas práticas junto à sugestão de plano de ação para a empresa.
4. Criação do site para comunicação do projeto e utilização contínua das empresas, de modo a acompanharem sua evolução.
O terceiro nível do modelo caracteriza-se pela preocupação com os impactos externos gerados pelas atividades do negócio.
Assim, além de cumprir os requisitos legais e buscar sua eficiência operacional, a empresa tem plena consciência de que sua atividade afeta outras partes e age para reduzir seus impactos negativos.
Do ponto de vista ambiental, passa a engajar-se na mensuração dos impactos ambientais de suas atividades produtivas, tais como geração de efluentes e emissões de gases de efeito estufa (GEE), lançando mão de indicadores mais sofisticados.
Nessa fase, a empresa deve reconhecer que existem benefícios financeiros na sustentabilidade e se preocupar com sua imagem no mercado diante de clientes, investidores e stakeholders.
Como resultado, seus produtos ou serviços são, ao mesmo tempo, tecnológicos e com preocupação social, desenvolvidos para melhorar a qualidade de vida das pessoas que estão dentro e fora da organização, direta ou indiretamente afetadas por suas atividades.